SAMARRA HILLS

Conceptualize

domingo, 3 de outubro de 2010

Rationality expects that every Man will do his duty!


Muitos se questionam sobre as causas da presente crise, tanto social como económica, e muitas teorias são apresentadas. Apontam-se bastantes problemas particularistas que, de facto, representam parte significativa do geral. Porém creio que as análises feitas, no geral, não abordam as causas principais do que se passa no século XXI por todo o Mundo.
A meu ver o principal problema existente nas sociedades contemporâneas é a irracionalidade do Ser Humano, a inconsciência e ignorância face ao Meio que o rodeia, e a incapacidade de ele agir de forma lógica e equilibrada face a esse mesmo Meio. Por exemplo, não existiria corrupção se cada um de nós compreendesse o significado de dever social, se compreendêssemos todos a importância das nossas acções numa escala maior.
Creio que Portugal, exemplo apropriadíssimo para esta teorização, poderia funcionar bem se os seus habitantes fossem mais racionais e se esforçassem para que a sua Res Publica funcionasse de facto. Muitos apontam as culpas da presente crise portuguesa aos políticos (também têm a sua cota de culpa), muitos apontam aos grandes grupos económicos (têm muita culpa de facto), mas, na minha visão social, o grande culpado do que se passa em Portugal é o Português. O culpado desta crise é a funcionária da repartição pública que demora no atendimento do cliente, é o professor universitário que se descuida na forma como lecciona, é o político que vira as costas aos seus ideais em troca de regalias e apoios financeiros, é o patrão que mantêm empregados a recibos verdes e a salários mínimos para conseguir manter o seu Audi A8 na garagem, é o cidadão que apresenta o salário mínimo quando ganha, de facto, o dobro ou o triplo do mesmo, é a pessoa que não nutre uma opinião política, é aquele que interrompe as férias para assistir a um jogo do Benfica mas que não o faria para votar democraticamente. O culpado é também aquele aluno universitário, a elite intelectual do país, que ignora a presente situação em troca das praxes... O culpado sou eu, és tu, somos todos, porque a Res Publica Portuguesa é um estado orgânico, funciona democraticamente em principio e isso confere-nos grande culpa.
A ideia básica que me resulta racional é a de que, se cada um de nós fizer aquilo que é mais racional e benéfico para o Tudo, o Tudo prosperará e se o geral prospera a maioria do particular também.

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