SAMARRA HILLS

Conceptualize

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Racionalidade como definidora do Certo e do Errado

O Certo e o Errado (ou Bem e Mal, como outros os denominam) são vistos como atributos que aparecem associados a uma ideia ou acção final, de modo pré-definido. Eu, por outro lado, defendo que estes são resultados de um encadeamento lógico de ideias (no caso do Certo) ou da falha na sequência lógica com que se estabelece um raciocínio (no caso do Errado).

Estabeleço a lógica/Razão como definidora do Certo do seguinte modo: imaginem uma acção, como roubar. Rapidamente a verão como algo errado, mas defendo que essa conotação deve ser atribuída por análise e identificação do erro logístico que levou a tal atitude, e não por pré-definição. Roubar nunca seria uma coisa boa, mas isso porque os motivos que tomam parte na decisão de praticar o roubo foram mal interpretados e as consequências não foram pensadas de todo, o que levou a uma atitude errada. Os mesmos motivos, bem interpretados e racionalizados, e a ponderação das consequências do acto levariam a uma solução correcta e justa. Sucintamente, roubar é errado porque minimiza o Outro (temática a abordar num próximo artigo).

Para um pensamento ser Correcto, o seu encadeamento deve ser completamente racional, não conter interpretações subjectivas dos factos que o formam; quando nesse processo se encontrar uma quebra de clarividência, uma intromissão de aspectos interpretados subjectivamente, dar-se-á uma ruptura com a Razão, e o produto culminará em Erro.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Humildade face ao Desconhecimento

"-Não conheço, não, desculpa...
-Não conheces?? Como é que não conheces, toda a gente conhece!!"

Não são poucas as vezes que oiço este diálogo, seja comigo ou seja com outros, e de todas as vezes pergunto-me o mesmo: de que serve este tipo de atitude para com aquele que desconhece? De que modo é construtiva ou sequer necessária uma resposta assim, feroz e humilhante?
Para além da procura que deve fazer o indivíduo, há algo igualmente relevante, talvez até mais, no que diz respeito à obtenção de conhecimento/cultura: a oportunidade. Imagine-se um rapaz que nasce e cresce num ambiente agrícola, ou pesqueiro, de baixos recursos e privado de algumas regalias ou excentricidades; imagine-se outro rapaz que vive no seio de uma família mais abastada, ou simplesmente com recursos a mais profundas fontes de conhecimento; imagine-se que os dois rapazes acabavam por se encontrar na mesma escola, e dialogam. Crêem que ambos terão a mesma cultura/conhecimento, ou tiveram sequer as mesmas possibilidades para a/o desenvolver? Muito provavelmente o rapaz com mais privações não saberá muito ou nada sobre música ou cinema, ou qualquer outra arte, não conhecerá os outros países, nunca deverá ter saído do país, da sua terra.... Sem ter sido culpa do pobre rapaz, que direito tem o rico rapaz culto de se espantar ou gozar ou difamar a ignorância, ou como prefiro chamar-lhe, o desconhecimento do outro? Este exemplo é exagerado, mas com o propósito de tornar mais evidente o que acontece entre muitas pessoas, de forma mais discreta ou sobre um assunto menos interessante.
Não é uma atitude correcta, enxargar o desconhecedor, não é de modo algum construtiva. Se alguém fala sobre algo que o outro não conhece, não há porque troçar, antes pelo contrário, humildemente deve ensiná-lo, dar-lhe Conhecimento. Para mais, o conhecimento que um possui deve provavelmente tê-lo obtivo através de alguém também; apesar de um saber "que filme ganhou tal óscar", decerto não saberá "cultivar ou pescar", como o outro indivíduo.

O indivíduo deve desenvolver a Humildade, esse sentimento puro e digno, ensinar o ignorante, construí-lo, DEVE TORNAR-SE A SUA "OPORTUNIDADE", em vez de o inferiorizar; o conhecimento é adquirido por experiência e interacção, e podemos ser cada um de nós a ferramenta do Outro para o conhecimento. Quanto mais conhecedores, melhores pensadores, e quanto melhores pensadores, melhor o Mundo e o Cosmos.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Epopeia sonora

Finnisterra Europea


Foto por Tiago Curado
Edição por Paulo da Cruz

segunda-feira, 1 de novembro de 2010