Ontem a equipa do SH.blogspot.com juntou-se numa nova expedição. Voltámos às costas contíguas ao Cabo da Roca, desta vez com uma maior atenção aos pormenores deste local magnífico. Partimos ao meio-dia da Praia Grande e rumámos a Sul, além do promontório da Roca, até ao Forte do Espinhaço, que atingimos ao pôr do Sol.
Neste dia fantástico e repleto de luz solar, conseguimos desfrutar imenso das maravilhas sensoriais das praias, falésias e bosques desta região e, também, compor uma estimulante foto-exposição a partir a nossa experienciação.
Ei-la:
Fotos por Paulo Cruz
domingo, 22 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
Arte: Objectos Artísticos
No recente artigo entitulado "Experiência Estética" esta define-se como "uma espécie de êxtase sensacional que ocorre em reacção a um estímulo físico, uma descarga de prazer em resposta a algo que estimule profundamente os nossos sentidos"; no artigo seguinte, entitulado "Arte?", conclui-se que "Arte é tudo aquilo que é construído com o desígnio de criar uma experiência estética"; a partir destes dois conceitos surge uma questão: pode qualquer objecto criado ser considerado Arte?
Quando falamos em "experiência estética" estamos a entrar no campo da subjectividade, algo que nos é quase indescodificável. Um individuo pode sentir um forte estímulo sensorial com um determinado objecto que noutro individuo nada desperte. Assim, partindo da definição de Arte acima citada, o conceito terá de ser tão abrangente quanto os diferentes objectos capazes de estimular (mesmo que levemente) os sentidos.
Dou um exemplo que pode parecer exagerado, mas válido: um caixote do lixo, daqueles verdes que se encontram normalmente presos aos candeeiros urbanos. Tem uma volumetria específica, tem curvas suaves, que podem ser consideradas meramente funcionais, mas ainda assim é uma forma escolhida em detrimento de outra, o que mostra (alguma) consideração pela estética e pela "aceitação" visual do objecto. E porquê o verde e não qualquer outra cor? De uma vastíssima palete de cores, o criador do objecto perferiu o verde, com a vontade (nem que inconsciente) de criar uma experiência estética, ainda que mínima. O mesmo se passa na escolha de cores dos sinais de trânsito, em que se escolhe x e não y cor para simbolizar um determinado tipo de ordem.
Quando acima exploro a inclusão de objectos quotidianos (design) no campo da Arte, é possível surgir consequentemente a frustação de se estar a comparar os estímulos que tais objectos provocam com os provocados por uma pintura de Da Vinci ou uma escultura de Rodin... E é aceitável, pois estão a ser incluídos no mesmo grupo apesar de terem características tão dispares. Mas é por isso mesmo que se deve então estabeler diferentes classificações dentro da Arte, separar os vários objectos denomináveis de "artísticos", com base no esforço, na técnica, na destreza, na criatividade, nos recursos e na ideia em si que deram origem ao objecto artístico.
Seja qual for a definição de Arte não nos podemos esquecer que é um campo do domínio da subjectividade, e o que estimula uns não estimulará certamente outros.
Quando falamos em "experiência estética" estamos a entrar no campo da subjectividade, algo que nos é quase indescodificável. Um individuo pode sentir um forte estímulo sensorial com um determinado objecto que noutro individuo nada desperte. Assim, partindo da definição de Arte acima citada, o conceito terá de ser tão abrangente quanto os diferentes objectos capazes de estimular (mesmo que levemente) os sentidos.
Dou um exemplo que pode parecer exagerado, mas válido: um caixote do lixo, daqueles verdes que se encontram normalmente presos aos candeeiros urbanos. Tem uma volumetria específica, tem curvas suaves, que podem ser consideradas meramente funcionais, mas ainda assim é uma forma escolhida em detrimento de outra, o que mostra (alguma) consideração pela estética e pela "aceitação" visual do objecto. E porquê o verde e não qualquer outra cor? De uma vastíssima palete de cores, o criador do objecto perferiu o verde, com a vontade (nem que inconsciente) de criar uma experiência estética, ainda que mínima. O mesmo se passa na escolha de cores dos sinais de trânsito, em que se escolhe x e não y cor para simbolizar um determinado tipo de ordem.
Quando acima exploro a inclusão de objectos quotidianos (design) no campo da Arte, é possível surgir consequentemente a frustação de se estar a comparar os estímulos que tais objectos provocam com os provocados por uma pintura de Da Vinci ou uma escultura de Rodin... E é aceitável, pois estão a ser incluídos no mesmo grupo apesar de terem características tão dispares. Mas é por isso mesmo que se deve então estabeler diferentes classificações dentro da Arte, separar os vários objectos denomináveis de "artísticos", com base no esforço, na técnica, na destreza, na criatividade, nos recursos e na ideia em si que deram origem ao objecto artístico.
Seja qual for a definição de Arte não nos podemos esquecer que é um campo do domínio da subjectividade, e o que estimula uns não estimulará certamente outros.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Foto-Exposição - Praia da Ursa
No local onde tudo assume a posição mais ocidental do continente europeu, a Praia da Ursa também quase se assume como tal. No entanto, fá-lo de forma bestial. A Norte e a Sul do Cabo da Roca existem outras enseadas, ainda mais a ocidente. Ou não são de areia, ou só o são na maré baixa, ou não são acessíveis ao ser humano desarmado. Acessível, com esforço, resta-nos a Praia da Ursa, assim a mais ocidental praia permanente, de areia, acessível de forma não letal. Tantas condições que, não fazem mais do que corroborar a sua situação como a última das praias, à humilde escala humana, num sítio onde as proporções são mais próprias de gigantes.
As fotos que se seguem são parte do resultado de uma das experiências mais ingratas de tentar captar percepções visuais vividas por esta equipa. Os estímulos causados pelas depressões com vertentes densamente vegetadas que serpenteiam até à enseada, os esporões graníticos colmatados por sedimentos calcários furados pelas linhas de água e a riqueza biológica são apenas alguns dos pontos que se pretendem transmitir, além da sensação de incrível e desafiadora pequenez que sentimos desde o topo das falésias ao areal.
Fotos de Carlos Duarte e Paulo Cruz
As fotos que se seguem são parte do resultado de uma das experiências mais ingratas de tentar captar percepções visuais vividas por esta equipa. Os estímulos causados pelas depressões com vertentes densamente vegetadas que serpenteiam até à enseada, os esporões graníticos colmatados por sedimentos calcários furados pelas linhas de água e a riqueza biológica são apenas alguns dos pontos que se pretendem transmitir, além da sensação de incrível e desafiadora pequenez que sentimos desde o topo das falésias ao areal.
Fotos de Carlos Duarte e Paulo Cruz
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