SAMARRA HILLS

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A escrita e a oralidade: Crítica Lacónica


Muito me tem atormentado o que tenho assistido na minha sociedade ocidental do século XXI. Toda a gente escreve sobre tudo. As ideias são puramente escritas e expostas a quem as quer comprar. E por isso cada vez mais eu sou contra a escrita nos moldes nos quais hoje se forma. E vou expôr dois exemplos que me fazem olhar para a literatura, príncipalmente a ciêntifica, com grandes reticências.
Primeiro que tudo eu sou aluno de Arqueologia numa Faculdade aí de Lisboa. Insiro-me portanto nesse terrível mundo das ciências humanas. E é aqui que, na imprecisão da natureza das próprias ciências do Homem que se assiste à mais louca e diversa literatura ciêntifica. Professores escrevem opiniões e conclusões próprias e vão fazendo assim a sua doutrina que ensinam aos alunos e que vendem, ganhando dinheiro e ensinando os leitores. Claramente friso a subjectividade desta "ciência". Há uma autarcia do conhecimento. Ou seja, cada um tem a sua realidade dos factos e cada um, consoante o livro que escolheu ou o professor que teve, tem uma leitura diferente dos factos. Então deixa de haver uma História e passa a haver um x número de Histórias, subjéctivas. E deixa de haver uma Teoria da Ciência Política e passa a existir várias divergentes. Deixa de haver uma forma de abordar as línguas e passa a exitir dezenas formas diferentes. E isto é pior porque é muitas vezes consporcado pelo capitalismo! E os livros e as informações, mesmo por vezes erradas, passam a valer dinheiro! E a serem vendidas! E pior! Passam a ser impingidas aos alunos por professores que se assuguram que na bibliografia obrigatória de certa cadeira esteja a sua obra fundamental! O que deveria acontecer seria a públicação de concensos ciêntificos e de factos concretos para cada leitor PENSAR POR SI PRÓPRIO APARTIR DE INFORMAÇÃO!


Outro exemplo é visivel nos séculos V e IV a.C. em Atenas, onde Filósofos como Platão ou Aristoteles escreviam teorizações filosóficas sobre o mundo que os rodeava. Eu nesse caso Clássico estou pela escrita. E porquê? Porque estes indíviduos escreviam, mas primeiro falavam. Ou seja, a oralidade dos seus discursos era considerada mais significativa que o que escreviam. As ideias viajam mais rapidamente em troca de ideias directa do que por escritos. Então o que escreviam eram colectâneas do que pensavam e diziam aos outros, das conclusões que atingiam a pensar. Não eram a própria teorização. E melhor, não serviam para ser vendidos!

A diferença entre um conhecimento Democrático pousa nesta divisão ente o facto de o Ethos do conhecimento estar na Escrita ou na Oralidade. Falando é que as gentes se entendem ;)

1 comentário:

  1. A oralidade, a meu ver, não deixa espaço para mal-interpretações; no entanto a escrita, e dou obviamente como exempo a Bíblia, sujeita-se a várias interpretações, o que gera erros, flops em relação à mensagem original. LOL Já para não falar que, apesar de "o conhecimento não ocupar lugar", para ser ter esse aclamado conhecimento hoje em dia tem de se tirar do lugar o dinheiro que paga os livritos. Para ajudar nisto, os professores ainda nos mandam comprar montes de livros, porque não sabem ou não querem dialogar acerca dos seus assuntos. Enfim, tristeza.

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