sábado, 19 de junho de 2010
Poema da Verdade
Percorre essa costa, passa a mão nesse feno, acaricia as ervas,
Recolhe o que o Sol te dá.
Percorre esse bosque, arranha-te nas suas silvas,
Recolhe o que a Terra te dá!
Lê a poesia das sombras das folhas, dos cheiros das flores,
Colhe os cantos das aves.
Abraça aquela rocha, ama-a com mil amores,
Escuta além os rugidos graves...
Escuta além, são os rugidos do mar!
Por entre os Pinheiros, abnega, deixa-te cair, faz-te deitar...
A cama da Natureza é o teu lar.
Amassa a relva com a tua mão, deixa-te dormir, faz-te ficar...
A relva é tua irmã e é irmã do mar.
Cai ao Mar, deixa-te apanhar! Rasga as ondas com audácia!
O Mar ama os audazes, e tu amas a sua espuma.
Junto à rebentação os teus medos são uma falácia!
Junto à marítima explosão a tua existência e a do Cosmos são uma.
Observa o céu à noite, marca a tua posição no mapa do Espaço e do Tempo,
Lá em cima os astros movem-se à velocidade da luz e são reais...
É a Verdade nas Estrelas que me dá alento...
É a Verdade do Cosmos que me faz não pedir mais!
Depois de percorreres, irmão, de leres, de escutares, de caíres, depois de observares
Morre feliz, pois viveste de Verdade.
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