SAMARRA HILLS

Conceptualize

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Experiência Estética?

O que é a Experiência Estética?

No seguimento do artigo "Arte?" e de forma a definir parte do objecto central dessa mesma teorização rápida, achei interessante tratar sinteticamente o conceito de Experiência Estética.

Ora, esse conceito foi-me primeiramente apresentado numa aula de Filosofia no Ensino Secundário e rapidamente me soou lógico e útil. Segundo a forma mais convencional, a Experiência Estética é uma espécie de êxtase sensacional que ocorre em reacção a um estímulo físico, uma descarga de prazer em resposta a algo que estimule profundamente os nossos sentidos. É mais fácil explicar este conceito de outra forma. A Experiência Estética é aquela sensação de enorme satisfação que surge em nós quando contemplamos uma paisagem profunda ou as cores no céu ao entardecer, é o arrepio que nos percorre quando ouvimos alguma música preferida ou quando lemos um genial poema. É uma reacção biológica com possíveis consequências práticas para a existência de um ser, sendo uma delas a capacidade de nos ligar mais proximamente ao Cosmos e de gerar necessidade de extrair dele, a partir dos nossos sentidos, fruição e prazer.

A Arte procura construir coisas que sejam capazes de suscitar prazer ao serem sentidas. A Experienciação Estética é, portanto, a base e o fim da criação artística.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Arte?

O que é a Arte?

Esta parece ser uma das questões mais complexas e de difícil solução conceptual dentro da "esfera" humana. E surge também como, talvez, um tabu dentro do próprio meio artístico, uma espécie de tema quente e complicado que gera pouca concórdia entre quem se questiona sobre aquilo que constitui a Arte. Em algumas conversas com pessoas do meio artístico reparei que existe alguma dúvida sobre essa matéria e as opiniões passam frequentemente pelo aviso prévio de que essa é uma questão bastante complexa e algo delicada.

Acredito profundamente que responder a esta questão não é um problema complexissímo se deixarmos os subjectivismos de lado e analisarmos o conceito de Arte a partir do método científico. É comum assistir a um discurso algo filosófico, muitas vezes baseado no platonismo e numa aproximação mais abstraccionista da coisa. Porém creio que a aproximação correcta à questão artística, assim como a qualquer outra questão, é o processo científico e lógico. A consciência de que a Arte é um padrão comportamental humano e que, por essa razão, é algo conhecível revela-nos a possibilidade de a definir e caracterizar de forma racional e estruturada.

Tenho discutido largamente este assunto com o meu Amigo, e colega neste blog, Filipe Lopes e tenho sido assaltado por uma ideia interessante. A questão que nos faz divergir na nossa visão sobre a Arte é, principalmente, aquilo que transforma um qualquer objecto criado por um ser vivo num objecto artístico. E, no decorrer destas lutas de argumentos, eu acho que encontrei uma resposta que me soa bastante lógica:

A Arte é tudo aquilo que é construído com o desígnio de criar uma experiência estética.


Talvez esta conclusão seja demasiado simplista e já tenha sido teorizada por outros. Mas parece-me a mais acertada caracterização, o mais correcto conceito para o termo "Arte". Simplificando a teorização e procurando o denominador comum, o factor que liga toda a expressão artística humana, analisando aquilo que é o comportamento biológico e o espaço onde a Arte se insere nele, podemos atingir uma a resposta, por fim, à questão "o que é a Arte?".

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

December

And if we just open our eyes
See the wrongs and turn them right
And if we just get up on our feet
See the darkness and ignite the light





Beyond the clouds there's a blue horizon
And beyond the rainy hills there's the sea
There is love and we'll find some
On the bright beaches where we shall be

sábado, 10 de dezembro de 2011

Apelo Musical

Ultimamente tenho andado obcecado (no bom sentido) com a ideia de criar música: pegar na guitarra e experimentar coisas ao acaso, combinações de acordes, dedilhados, criar pequenas/curtas melodias. Isto porque me sinto tão capaz de criar música como qualquer outro ser humano, julgo possuir (no geral) as mesmas capacidades que permitiram a outros criar estas harmonias auditivas.
Não insisto neste campo com o objectivo de me tornar músico, mas sim com o objectivo de desvendar esta capacidade do meu ser e de criar aquilo que talvez seja o que de mais comum existe no Homem. Somos todos capazes de ouvir uma combinação de notas musicais e classificar quase instantaneamente como música ou ruído, avaliar se as notas estão ligadas de modo harmonioso e "correcto" ou se não mostram qualquer relação agradável ou até "racional" entre si. E a música, bem composta, mostra-se capaz de suscitar toda uma panóplia de sentimentos/emoções em nós, tão divergentes um dos outros, jogando apenas com o tempo, ordem e repetição entre 7 notas (com várias escalas)... Genial!
Persigo essa capacidade de produzir tal genialidade, a de despertar algo nas pessoas pela "simples" reprodução de notas harmoniosas, que parecem ter estado sempre destinadas a estarem juntas...

A giant leap

Não consigo evitar maravilhar-me sempre que olho para a Lua e penso no facto de nós, Humanidade, já termos pisado a sua superfície. Quando olho para o céu nocturno fico silenciosamente espantado com o facto de um Homem, como eu, ter estado lá em cima, em pé, saltando e fotografando a paisagem lunar, a paisagem de outro mundo. Isso choca com a forma convencional, tradicional, de pensar o que me rodeia... Um Humano naquela bola branca que aparenta flutuar interminavelmente no céu! Que ideia desconcertante.

Conheço e compreendo o processo que levou a Humanidade além da Atmosfera, a aventura espacial e a sua história. Porém é um exercício estimulante parar numa noite limpa e repensar dados adquiridos, confrontar a inacreditável realidade com aquilo que é a nossa visão quotidiana daquilo que é "normal", daquilo que nos é confortável, e experienciar um choque na percepção da realidade.