domingo, 19 de junho de 2011
Curiositas
"Everyone of us begins life with an open mind,
a driving curiosity, a sense of wonder"
Cosmos: A Personal Voyage; Episódio VII
A Curiosidade nasce connosco e acompanha-nos, de formas e intensidades diferentes, até ao nosso fim. Mas o que é a curiosidade? Questiono-me impelido por ela. Parece-me tratar-se de um impulso natural, como a fome ou a sede. E é no fundo uma fome e uma sede por informação, por conhecimento. Nesta pequena teorização tratarei a curiosidade articulada com a evolução própria da vida de um ser humano e procurarei conclusões e uma resposta racional não tanto para o que é a curiosidade, mas sim para como esta deve ser tratada.
A curiosidade é então algo inato, algo natural e biológico, um instrumento inteligente que apetrechou seres vivos na Terra desde que estes fizeram evoluir sistemas nervosos e cerebrais com suficiente capacidade orgânica para tratar informação de forma cuidada. Um instrumento que pressupõe a busca de dados sobre o Meio e nós próprios numa prespéctiva de prazer, sendo a descoberta desses mesmos dados a fonte desse mesmo prazer. Como a fome pressupõe que da descoberta de comida surta prazer. Os animais inteligentes têm curiosidade e esta parece estar ligada de forma próxima com a sua capacidade intelectual. A curiosidade surge como algo que impele um ser vivo a explorar o Cosmos e a tirar dele estímulos que armazenará como informação, logo Conhecimento. E surge de forma instintiva nesses mesmos seres, algo que deve inclusive ser evitado em determinadas condições de risco (a curiosidade matou o gato).
Para um humano, a curiosidade é ainda mais importante. Temos como racionalizá-la de forma avançada e conseguimos, ao compreendê-la, utilizá-la como um instrumento potentíssimo de construção da nossa Cosmovidência. Quando nascemos, iniciamos a vida cheios de curiosidade, como qualquer outro animal inteligente. Esta, como um lápis, tem de ser afiada para continuar a funcionar e a trazer resultados. Uma criança deve ser estimulada a questionar o mundo, o Cosmos. Deve sentir um imenso prazer em fazer uma pergunta e obter uma resposta, em procurar algo e encontrá-lo. A educação deve passar pela catalização da curiosidade e da livre questão. As crianças devem ser ensinadas a questionar o seu Meio e a sua própria existência e a nunca gerar conformismos.
A curiosidade é uma ferramenta poderosa: ajuda-nos a questionar e pensar o que nos rodeia, busca de forma natural as respostas certas e impulsiona-nos a compor o nosso conhecimento. Com o tempo esta desvanece, principalmente se não for "regada" com estímulos. Ao contrário da fome ou da sede, a busca natural de conhecimento pode esmorecer num ser vivo. Muitas pessoas vivem a Vida sem uma forte curiosidade, perdem o prazer de encontrar respostas e de fazer mais perguntas. Muito porque não foram educadas a questionar e a inquirir o Meio, por descuido dos educadores ou por desígnio dos mesmos. Quanto mais conhecemos, mais queremos conhecer, e quando se começam a colocar questões, sem entraves conceptuais ou dogmas, percebemos que estas apenas levam a mais questões e mais. E isso faz a Humanidade, ao nível individual e ao nível da espécie, evoluir e racionalizar-se.
Os inimigos principais da curiosidade parecem-me ser os preconceitos, os dogmas, as más ideias. Ao nascermos não dispomos de ideias pré-concebidas que bloqueiem a nossa vontade de colocar questões e resolver problemas. Somos livres nessa mesma dimensão íntima e individual: o nosso cérebro não coloca barreiras à sua própria percepção do Cosmos, não se auto-censura. Se a ausência de estímulos é prejudicial à saudável curiosidade biológica, a existência de maus estímulos é ainda pior. Se lutarmos contra a livre questão estamos, de facto, a matar a curiosidade e o conhecimento que daí provém. Desencorajar a curiosidade e ensinar a desencorajá-la é um crime contra a Humanidade.
O actual sistema de ensino ainda preconiza alguns atentados contra a liberdade intelectual e a livre busca do conhecimento. Durante séculos a educação, tanto em casa como na escola, revestia-se de tradicionalismos e preconceitos que atacavam essa mesma liberdade. Ao longo do ciclo de crescimento, os jovens eram incitados pelo seu sistema a obedecer e a aceitar inúmeras ideias de forma a manter uma linha de continuação desse mesmo sistema, de forma a protegê-lo de ideias novas. Em muitas sociedades, talvez ainda na nossa, questionar é algo perigoso e a curiosidade é indesejável.
Mas apenas essa mesma procura incessante de resposta poderá levar ao fim dos sistemas sociais humanos onde não existe uma boa compreensão e aceitação da curiosidade como algo natural e benéfico.
A curiosidade é então fulcral na construção do conhecimento e, logo, do processo racional. É um dos motores do mesmo. Tal como faz um golfinho se aproximar de um mergulhador para o compreender também faz que o Homem se aproxime de si mesmo para melhor se entender. E ao questionar o Cosmos e a si inserido nele, a Humanidade avança para um glorioso caminho de compreensão e racionalidade e, aos poucos, vai construindo a sua felicidade.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Άμμος
Quando estiveres à noite, sob as estrelas, numa praia, enche a palma da mão com areia e pensa. Numa mão cheia de areia existem quase tantos grãos que estrelas visíveis a olho nu no céu nocturno e no Universo Conhecido existem mais estrelas que grãos de areia em todas as praias da Terra. Uma parte considerável de todas as estrelas do Universo terá planetas em sua órbita e uma parte pequena (mas também considerável no que toca às prospectivas que isso possibilita) desses planetas poderá albergar vida, possivelmente vida inteligente em parte dessa parte. Mesmo divididas em várias variáveis, as possibilidades de existir alguém no céu a olhar para nós, nessa praia à noite, e a questionar-se também sobre o Cosmos que o rodeia são enormes e vertiginosas.
Na nossa busca pela Verdade sobre a nossa Existência parece-me importantíssimo olhar para cima e questionar as possibilidades (bastante racionais) de, além de não estarmos sós no Universo, sermos apenas uma de milhões de formas de vida inteligente. O quão centrais somos, Humanidade, após percepcionar essas mesmas ideias? E o quão relevante será compreender a existência do "outro" na procura de conhecer o "eu", a nossa identidade como espécie e a nossa identidade como planeta vivo? O quão importante é racionalizarmos a nossa relação connosco próprios e com o Meio próximo de forma a, uma dia, podermos relacionar-nos em racionalidade e equilíbrio com seres vivos de outro ponto do Cosmos?
Sob a tremeluzente luz fraca das estrelas, inúmeras e maravilhosas questões podem surgir nas nossas mentes curiosas e críticas.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
"Não perguntamos com que fim útil as aves cantam, porque o canto é o seu prazer, uma vez que foram criadas para cantar. Do mesmo modo, não devíamos perguntar por que razão a mente humana se preocupa em aprofundar os segredos dos céus [...] A diversidade dos fenómenos da Natureza é tão vasta e os tesouros escondidos nos Céus são tão ricos precisamente para que a mente humana nunca tenha falta de alimento."
Johannes Kepler, Mysterium Cosmographicum
Johannes Kepler, Mysterium Cosmographicum
domingo, 12 de junho de 2011
Cepticismo - do grego σκέπτομαι, que significa "pensar, examinar"
"O termo ateísmo provêm do grego "ἄθεος" (atheos), que significa "sem Deus".
"O ateísmo céptico (ou ateísmo fraco) é uma variedade de ateísmo na qual se afirma que a existência de um ou mais deuses é duvidosa, improvável ou insuficientemente demonstrada. (...) Ao ver teístas afirmando que um deus ou deuses existem, o ateu fraco não afirma o contrário, mas nega-se a aderir à afirmação do teísta." - Wikipédia
Exponho aqui aquele que é o meu ponto de vista quanto à religião, e o que defendo como racionalmente mais correcto. Neste artigo tentarei explicar essa posição minha, e o que (não) implica.
Acreditar numa ou mais divindades consiste (de modo sucinto) em afirmar a existência de algo superior, responsável pela criação de Tudo. Para os crentes é claríssima a existência de tal figura(s), pois nada se pode ter criado a partir do Nada, foi necessária uma ou mais entidades com características que fujam à condição espaço-temporal (omnipresença, omnipotência e omnisciência). Os crentes tornam-se pessoas adoradoras desse(s) deus(es) e, numa esperança de posteriormente serem recompensados com uma privilegiada vida eterna a seu lado, praticam o Bem, sob o medo de passarem a eternidade num castigo num lugar odioso.
Não me querendo debroçar sobre outros aspectos que considero incorrectos nessa prática, exploro apenas o aspecto da certeza de que tais entidades existam. Ao contrário dos crentes, que defendem ser uma realidade incontestável a existência divina, eu, como pessoa que procura evitar o Erro sempre que possível, prefiro olhar à minha volta, apreender as informações que o Cosmos me ofereçe e combiná-las logicamente para adquirir novas informações e fazer uso das mesmas no melhoramento da minha vida e do meu ser. Não vejo na Natureza sinais de figuras criadoras de Tudo, mas também não vejo sinais de que "o Nada" tenho criado Tudo o que existe. Não há sinais, não me sendo portanto possível presentemente estabelecer qual será a origem de Tudo. Não vou dizer que tenha sido qualquer deus a criar Tudo, mas também não vou dizer que não existe essa hipótese, não me é dada informação pelo Cosmos que confirme qualquer um dos pontos de vista: sou ateu céptico, deixo em aberto esse campo, até me serem dados conhecimentos que evidenciem qualquer uma das hipóteses...
Contudo, há coisas que sei existirem: as leis físicas que regem o Universo conhecido, leis descobertas pela ciência (do latim "scientia", que significa "conhecimento"); É apoiado nessas leis, nas suas características e no modo como afectam o funcionamento e o curso de tudo o que conheço, que me governo, que tomo as minhas decisões, que discirno aquilo que é correcto e racional daquilo que não o é. Sou capaz de, através da ciência e das informações extraídas do Cosmos, agir de modo a evitar o mais possível o Erro, e consequentemente evitar causar infelicidade aos que me rodeiam; pela análise da Natureza são me dadas bases suficientes (talvez até mais do que quaisquer bases oferecidas por uma religião) para me formar um ser completo, e agir dentro do que compreendo ser o correcto e racional.
"Some people think God is an outsized, light-skinned male with a long white beard, sitting on a throne somewhere up there in the sky, busily tallying the fall of every sparrow. Others — for example Baruch Spinoza and Albert Einstein — considered God to be essentially the sum total of the physical laws which describe the universe. I do not know of any compelling evidence for anthropomorphic patriarchs controlling human destiny from some hidden celestial vantage point, but it would be madness to deny the existence of physical laws." - Carl Sagan
"O ateísmo céptico (ou ateísmo fraco) é uma variedade de ateísmo na qual se afirma que a existência de um ou mais deuses é duvidosa, improvável ou insuficientemente demonstrada. (...) Ao ver teístas afirmando que um deus ou deuses existem, o ateu fraco não afirma o contrário, mas nega-se a aderir à afirmação do teísta." - Wikipédia
Exponho aqui aquele que é o meu ponto de vista quanto à religião, e o que defendo como racionalmente mais correcto. Neste artigo tentarei explicar essa posição minha, e o que (não) implica.
Acreditar numa ou mais divindades consiste (de modo sucinto) em afirmar a existência de algo superior, responsável pela criação de Tudo. Para os crentes é claríssima a existência de tal figura(s), pois nada se pode ter criado a partir do Nada, foi necessária uma ou mais entidades com características que fujam à condição espaço-temporal (omnipresença, omnipotência e omnisciência). Os crentes tornam-se pessoas adoradoras desse(s) deus(es) e, numa esperança de posteriormente serem recompensados com uma privilegiada vida eterna a seu lado, praticam o Bem, sob o medo de passarem a eternidade num castigo num lugar odioso.
Não me querendo debroçar sobre outros aspectos que considero incorrectos nessa prática, exploro apenas o aspecto da certeza de que tais entidades existam. Ao contrário dos crentes, que defendem ser uma realidade incontestável a existência divina, eu, como pessoa que procura evitar o Erro sempre que possível, prefiro olhar à minha volta, apreender as informações que o Cosmos me ofereçe e combiná-las logicamente para adquirir novas informações e fazer uso das mesmas no melhoramento da minha vida e do meu ser. Não vejo na Natureza sinais de figuras criadoras de Tudo, mas também não vejo sinais de que "o Nada" tenho criado Tudo o que existe. Não há sinais, não me sendo portanto possível presentemente estabelecer qual será a origem de Tudo. Não vou dizer que tenha sido qualquer deus a criar Tudo, mas também não vou dizer que não existe essa hipótese, não me é dada informação pelo Cosmos que confirme qualquer um dos pontos de vista: sou ateu céptico, deixo em aberto esse campo, até me serem dados conhecimentos que evidenciem qualquer uma das hipóteses...
Contudo, há coisas que sei existirem: as leis físicas que regem o Universo conhecido, leis descobertas pela ciência (do latim "scientia", que significa "conhecimento"); É apoiado nessas leis, nas suas características e no modo como afectam o funcionamento e o curso de tudo o que conheço, que me governo, que tomo as minhas decisões, que discirno aquilo que é correcto e racional daquilo que não o é. Sou capaz de, através da ciência e das informações extraídas do Cosmos, agir de modo a evitar o mais possível o Erro, e consequentemente evitar causar infelicidade aos que me rodeiam; pela análise da Natureza são me dadas bases suficientes (talvez até mais do que quaisquer bases oferecidas por uma religião) para me formar um ser completo, e agir dentro do que compreendo ser o correcto e racional.
"Some people think God is an outsized, light-skinned male with a long white beard, sitting on a throne somewhere up there in the sky, busily tallying the fall of every sparrow. Others — for example Baruch Spinoza and Albert Einstein — considered God to be essentially the sum total of the physical laws which describe the universe. I do not know of any compelling evidence for anthropomorphic patriarchs controlling human destiny from some hidden celestial vantage point, but it would be madness to deny the existence of physical laws." - Carl Sagan
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sexta-feira, 10 de junho de 2011
O Disco Dourado das Voyager
Em 1977 a NASA enviou para o espaço duas sondas espaciais, as Voyager I e II, no intuito de estudar, de forma próxima, os planetas Júpiter e Saturno. Estas sondas passaram pelas órbitas dos planetas jovianos e continuaram sem destino definido pelo espaço. A sonda espacial Voyager I é neste momento o objecto humano mais distante da Terra, estando próxima de atingir a Heliopausa e, posteriormente, o Meio Interestelar.
Além de uma enorme quantidade de instrumentos científicos (muitos deles já terminados devido à falta de energia), as Voyager levam consigo um disco de cobre banhado a ouro. Esse disco contem uma série de imagens, informações, sons e músicas que tentam, no seu conjunto, transmitir a algo que se cruze com a sonda espacial que o transporta, a imagem da Humanidade e da Terra. Quão importante é este objecto, quão simbólico.
Composto por uma equipa liderada por Carl Sagan, o disco tenta falar por toda a Humanidade a partir de estímulos sensoriais seleccionados cuidadosamente de forma a criar a concepção mais hólistica possível na mente de um possível ser inteligente que aceda ao seu conteúdo. Na sua superfície tem escrito à mão "To the makers of music - All worlds, all times.
A probabilidade de a sonda ser encontrada é mínima. Dentro de um determinado espaço de tempo, este navio interestelar deixará de emitir sinais electro-magnéticos e será de dificílima detecção na vastidão inconcebível do espaço entre estrelas. Mas este objecto transporta, mais que informação, a afirmação racional da identidade humana e terrestre em oposição à identidade de quem encontrar a Voyager. Transporta e ao mesmo tempo exalta a nossa auto-consciência, tornando-a quase infinita ao projectá-la para direcção nenhuma, em direcção às galáxias.
"The spacecraft will be encountered and the record played only if there are advanced space-faring civilizations in interstellar space. But the launching of this 'bottle' into the cosmic 'ocean' says something very hopeful about life on this planet."
Carl Sagan
Algumas imagens utilizadas pela NASA na composição do Disco Dourado das Voyager.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Aristarchos
Aristarchos de Samos (310 a.C.-230 a.C.) foi o primeiro Humano a apresentar um modelo heliocêntrico do sistema solar, o primeiro a teorizar sobre a não centralidade da Terra, tanto no plano físico como (mais importante) no plano da mentalidade humana.
A sua teoria foi esquecida em detrimento dos modelos geocêntricos de Aristoteles e Ptolemaios, modelos esses que perduraram únicos em aceitação até Copernicus, no século XVI d.C.
Parte ainda dos teóricos da escola Ionica, Aristarchos é a prova de que nem sempre a verdade consensual é a racional e real.
Ilustração por Paulo Cruz
Técnica Mista (oléo sobre cartão/tratamento (tosco) digital)
segunda-feira, 6 de junho de 2011
O Erro
O que é errar? É irracional errar? E se sim, até que ponto são as consequências do erro elas próprias erradas?
O erro define o ser vivo, é algo natural e transversal a toda as formas de vida. Um gato que tenta saltar para o cimo de um muro pode errar e falhar o salto, caindo no chão, da mesma forma que um humano pode iniciar uma guerra. Embora o conceito de erro humano seja muitas vezes articulável com a moral e a ética, os erros do gato e do Homem surgem no mesmo plano como algo que causa irracionalidade, desequilíbrios naturais e, logo, sofrimento. Na busca da prosperidade própria e da prosperidade do Meio, os seres vivos que agem no Cosmos evitam o erro. No seu perfeito juízo, um Homem evita também cometer erros e quando os comete, geralmente, julga estar a evitar cometê-los.
Portanto o erro define o Homem, o Humano real em oposição ao idílico/máquina. É uma característica humana que nos lembra os contornos da nossa existência como composições biológicas animais e falíveis por natureza. O ser humano erra, falha, comete irracionalidades. Isso parece inevitável e, em certa medida, saudável. O erro é natural. Logo a forma mais racional de lidar com ele é a sua aceitação nos termos reais do mesmo e compreender a natureza humana como algo predisposto a errar.
O erro é também o primeiro passo para a compreensão do correcto (em oposição lógica ao errado). Este traz conhecimento, empírico, sobre o Cosmos, dentro da lógica de causa-consequência. O gato que tenta chegar ao cimo do muro e falha, impulsionando-se do chão com X quilogramas de força, compreende que para conseguir chegar ao seu objectivo na próxima vez terá de se impelir utilizando X+Y Kg. A consciência do erro possibilita a aprendizagem, logo há uma natureza didáctica no erro, que permite ao individuo que erra consertar, se possível, a sua acção. A atitude racional portanto é evitar errar, a partir do que se conhece do que nos rodeia, e, quando se erra, reconhecer o erro, apreender conhecimento do mesmo e tentar consertar as suas consequências.
A compreensão do erro leva à Racionalidade, por fim.
domingo, 5 de junho de 2011
Votar
Hoje, antes de atravessar a rua para votar na Escola Primária, no contexto das Eleições Legislativas de 2011, questionei-me sobre o que iria fazer e sobre a Democracia. Porque necessito de votar em alguém para votar por mim? Não sou eu provido de consciência e e capacidade de acção suficientes para votar directamente nos assuntos da minha sociedade? Não sou eu digno, como ser Humano, para ter a minha voz dentro da minha comunidade?
Quando já existem formas de proporcionar capacidade de voto frequente a todos os cidadãos de um país, porquê ainda Democracia Parlamentar?
A política é competência de todos os cidadãos de uma sociedade, não de "políticos profissionais" e "partidos", creio.
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