SAMARRA HILLS

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domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril



25 de Abril... Esse episódio marcante, que mais importância teve no Portugal actual... supostamente.
Antes da Revolução dos Cravos, a economia estava bem (pudera, com um ex-Ministro das Finanças (Oliveira Salazar) agora como ditador do país, praticando apenas a sua vontade e mais nenhuma), não se vivia mal, e desde que cada um não abrisse a boca para opinar qualquer aspecto negativo do controlo, tudo corria bem. Mas o errado era precisamente isso. E então organizou-se, planeou-se, orquestrou-se uma revolução, que trouxesse de novo ao Povo, essa entidade a quem em exclusivo cabe o poder de escolha dos meios de serem felizes, pois directamente a eles são dirigidos os efeitos dessas mesmas escolhas, e que terminasse com uma governação egoísta, aprisionante e limitadora! Devolver às pessoas sentimento de liberdade, de relevância para o funcionamento e para a gestão/organização do país, devolver às pessoas a sua capacidade de pensar e de discernir sobre as coisas, e de com igualdade expor e até contribuir significativa e intelectualmente para o avanço do país e do Homem!

Deu-se o movimento, uma revolução sem sangue e sem grande resistência, uma revolução que marca o imponente e incombatível poder da Razão, algo comum a todos e que torna todos Iguais entre si, com os mesmos direitos, com a mesma relevância, com a mesma oportunidade de deixar marca no mundo, com a mesma significância no Cosmos! E os soldados até colocaram cravos nos canos das suas armas de fogo, como prova de que não é necessário aniquilar fisicamente ninguém para fazer prevalecer os valores correctos da razão e da ordem...

Deu-se a revolução, e talvez até por uns tantos tempos se tenha vivido com tais valores e sentimentos bem presentes na sociedade. Mas ao tempo que tal coisa se perdeu já...! Olho para a sociedade hoje, e não vejo em praticamente sítio algum restos desses valores... não vejo isso nos impostos, não vejo isso no destino dado aos impostos, não vejo isso nos políticos de hoje, não vejo isso em muitos portugueses de hoje... não vejo uma democracia, muito menos uma Res Publica!

Anseio ainda o dia em que nos apercebamos do que se passa, de quem escolhemos para orientar as nossas vidas, dos direitos que temos, dos deveres que temos para com o próximo, e que nos apercebamos de qual é o único caminho justo, racional e feliz para uma vida em sociedade, como outrora já foi idealizada (só falta concretizá-la). Anseio um verdadeiro e terminado "25 de Abril".

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