Sendo todo o Cosmos composto e/ou organizado por Razão, se tudo o que tem existência rege-se pelas leis da Racionalidade e portanto toda a matéria age segundo essas Leis, onde há aí o espaço da irracionalidade?
Se tudo é racional, como se explica sequer existir a possibilidade de um ser (Homem) agir sem qualquer uso da lógica, fazendo coisas injustificáveis? Possíveis exemplos: o gostar de um sabor ou de um cheiro, ou o gosto de certas obras de arte e desgosto de outras...
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« (...) O génio do coração, por
ResponderEliminarcujo contacto cada qual se torna mais rico, não agraciado e surpreendido, não deliciado e oprimido pelo bem estranho, mas mais rico em si mesmo, mais novo do que antes, liberto, insuflado e sondado por um vento de degelo, talvez mais inseguro, mais enternecedoramente frágil e abalado, mas cheio de esperanças que ainda não têm nome algum,cheio de uma nova vontade e de uma nova corrente, cheio de um novo não-querer e de novas contra- correntes...» Nietzsche
grande citação Elisabete =D
ResponderEliminarFilipe, o Cosmos é tudo, eis a minha resposta.
Há espaço para a irracionalidade numa análise ao Cosmos se disseres que este é Ordem, e que a satisfação dessa Ordem é a Razão. Logo a Irracionalidade é o Caos, porém é Cosmos. Mas pondo o Ethos e o Pathos na continuação da Ordem, a Razão é o Equilíbrio das Existências de forma a permitir a manutenção cósmica =)
Ser humano é ser humanamente irresponsável. É querer tudo e, ainda assim, tentar encontrar a racionalidade no nosso desejo. Todos nós ansiamos, almejamos, ser racionais, directos, concretos, objectivos mas, enquanto homens e mulheres, submetemo-nos ao desejo, aos cheiros, às cores, à irracionalidade tout court. É a nossa beleza enquanto seres.
ResponderEliminarMas o ódio, as guerras, as opressões e tiranias! Tudo isso é desejo! Então há desejos racionais e irracionais! Desejos racionais serão aqueles que, ao pormos o Ethos da Razão no Cosmos e no seu equilíbrio natural, possibilitam uma continuação da nossa existência com espécie e do nosso equilíbrio com o Meio. Porém amemos o amar!
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