SAMARRA HILLS

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Ensaios Sobre a Mente: Vitium (vício)

Nesta série de ensaios tentarei explorar um pouco o campo do pensamento humano, e incidir sobre a sua capacidade de análise e de reacção perante diferentes matérias/situações.

Sem rodeios, passo a falar de vícios. Para fundamentar o que irei afirmar de seguida, vou
sucintamente explicar o que é um vício, como "nasce": é uma acção/matéria à qual, através da sua prática/utilização (quer por gosto, ou pela simples procura de aceitação social), passa-se a nutrir um sentimento prejudicial de necessidade e de subjugação para com ela. E é com base nesta descrição que ouso então afirmar que só é viciado quem não funciona segundo a "Mens super Corpus", mas sim ao contrário!
Entre muitos vícios comuns (ex: tabaco, droga, álcool, sexo, trabalho, jogos....) tomarei como exemplo o tabaco: existe a curiosidade de experimentar; experimenta-se; gosta-se (ou então não, mas sendo assim não há possibilidade de ficar viciado). Depois deste "gosta-se", é suposto processar-se uma análise de prós e contras quanto à frequência racional com que se fuma. Saber quanto tempo leva a maior parte da nicotina a ser expelida pelo corpo, saber que o prazer proporcionado pela nicotina é apenas provisório, logo dispensável, saber os prejuízos financeiros e físicos (saúde) que resultarão da prática constante do tabagismo... Face a isto, um indivíduo pensante/racional conseguirá tomar controlo sobre os apelos nicotínicos do cérebro ("Mens super Corpus"), saberá que é suicídio fumar diariamente e que, como diz o ditado, "tudo o que é demais, enjoa".
Só se torna viciado em algo aquele que não dominar sobre os impulsos do corpo, aquele que não souber pôr a Razão à frente da acção, e em muitos casos aquele que se deixa vencer e deprimidamente se abate sob um vício.

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